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Esclerose múltipla: qual é a alimentação adequada?

por Esteticare 31 de janeiro de 2023
31 de janeiro de 2023
Esclerose múltipla

Quem tem esclerose múltipla deve priorizar alimentos ricos em gorduras insaturadas, como as sementes oleaginosas (amêndoas, nozes, castanhas), azeite de oliva extravirgem, linhaça, semente de chia e abacate

A esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica, degenerativa e de caráter inflamatório, que acomete a bainha de mielina. Diante desta enfermidade, fica clara a importância de priorizar uma alimentação anti-inflamatória, como açafrão da terra (também conhecido como cúrcuma), frutas vermelhas (morango orgânico, framboesa, amora, cereja), gengibre e brássicas (brócolis, repolho, couve, couve-de-bruxelas, repolho). Além disso, a pessoa com EM também deve consumir alimentos ricos em gorduras insaturadas, como as sementes oleaginosas (amêndoas, nozes, castanhas), azeite de oliva extravirgem, linhaça, semente de chia e abacate.

Esclerose múltipla – estudos

Estudos indicam que os ácidos graxos EPA (ácido eicosapentaenoico) e DHA (ácido docosa-hexaenoico) são importantes para formar adequadamente as membranas e reduzir o processo inflamatório da esclerose múltipla. Portanto, alimentos como sardinha, linhaça e semente de chia devem integram a rotina alimentar destes pacientes. De acordo com a nutricionista pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional, Nutrição Esportiva Funcional e Fitoterapia Funcional pela Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul), Juliana Bueno, para alguns pacientes é indicado o consumo de óleo de peixe livre de mercúrio.

A nutricionista afirma ainda que a incidência da EM é maior em regiões de baixa exposição solar:

“Isso se deve provavelmente ao déficit de formação endógena de vitamina D, que ocorre após a exposição à radiação ultravioleta B.”

Esta vitamina interage com mediadores inflamatórios e com o sistema imunológico, protegendo o organismo. A nutricionista revela também:

“Tem sido observado que existem receptores de vitamina D no sistema nervoso central que regulam a produção de mielina pelos oligodendrócitos. Sendo assim, a suplementação de vitamina D pode auxiliar na redução da progressão da doença.”

O que não comer

Pessoas com EM precisam evitar os alimentos que geram inflamação. É o caso do açúcar refinado, que é considerado um dos alimentos mais inflamatórios. Portanto, deve ser eliminado do cardápio dos portadores da doença, explica a profissional.

“Outro ponto importante é que muitos estudos comprovam que a alimentação rica em gordura saturada e em gordura trans altera a estrutura das membranas e favorece a entrada de antígenos na barreira hematoencefálica e/ou acelera a degradação da mielina.”

Contudo, os alimentos industrializados, que são ricos em gordura trans, como salgadinhos, biscoitos e margarina, e os alimentos ricos em gordura saturada, como manteiga, carnes, queijos amarelos e leite, também devem ser evitados.

Alimentos com glúten

Em contrapartida, a nutricionista revela que alguns estudos têm evidenciado que a ingestão de alimentos com glúten pode estar associado ao desenvolvimento da doença. Chamado de mimetismo molecular, ele está envolvido em muitas doenças autoimunes. Trata-se da incapacidade do organismo de diferenciar as proteínas próprias das que não fazem parte do organismo. Com isso, ele passa a se proteger contra estruturas erradas, resultando em destruição de tecidos pelo sistema imunológico.

O consumo de alimentos com glúten provavelmente tenha sido relacionado com a EM por conta da função do mimetismo molecular entre os antígenos alimentares e a sequência de aminoácidos da bainha de mielina, explica Juliana.

Intestino

Assim como em outras doenças, o intestino é um elemento-chave também para a esclerose. Isso porque trata-se de órgão protetor, com a finalidade de evitar que elementos desagradáveis sejam absorvidos. Mas, quando temos a disbiose, que é quando o intestino apresenta mais bactérias patogênicas do que benéficas, o organismo perde a ação de seletividade e acaba por absorver moléculas grandes, que serão reconhecidas como invasoras, desencadeando a inflamação e, consequentemente, piorando a doença.

Vitamina B12

Por outro lado, o consumo de vitamina B12 é essencial para a produção da bainha de mielina. Isso porque ela é capaz de ser sintetizada pela microbiota intestinal. Sendo assim, fica clara a importância de cuidar da flora intestinal por meio de alimentos ricos em fibras e uso de probióticos, como Kefir, Kombucha e/ou suplementos. Além disso, os alimentos fontes de vitamina B12 são: carne de gado, frango, ostra, ovos, queijos, alga marinha nori e chlorella. Portanto, é fundamental que a vitamina B12 seja dosada nos pacientes com EM.

Por fim, a ingestão de magnésio é essencial para a contração e o relaxamento dos músculos. Ele tem papel muito importante na redução da fadiga e das dores musculares apresentadas pelos portadores da doença.

“Alimentos folhosos verdes escuros (couve, espinafre, rúcula), gergelim, brócolis, banana, repolho e cereais integrais devem fazer parte da rotina alimentar.”

Restrição calórica

Contudo, o controle de peso é um dos pontos-chaves quando se fala em cuidado com o processo inflamatório e controle da EM. A nutricionista Juliana concorda que a perda de peso deve ser incentivada a estes pacientes. No entanto, ressalta que grandes restrições calóricas devem ser evitadas, pois muitas vezes há deficiência de vitaminas, minerais e fitoquímicos importantes para reduzir a progressão e os sintomas da doença. E ao retirar alimentos descritos como “calorias vazias”, ou seja, que não agregam benefícios nutricionais, e introduzir grande quantidade de alimentos anti-inflamatórios podem ser boas alternativas para que estes pacientes percam peso. A nutricionista explica que automaticamente o valor energético consumido reduzirá drasticamente e, em grande parte dos casos, esta ação já será suficiente para controlar o excesso de peso.

Doença afeta mais mulheres do que homens

Outra característica da EM é que as mulheres têm pelo menos duas a três vezes mais chance de desenvolver a doença do que os homens, explicam especialistas.

A diferença pode estar em uma proteína do sistema imunológico chamada interleucina-33 (IL-33), pois ela ajuda as células do sistema imunológico a se comunicarem. Porém, outra razão pela qual mais mulheres desenvolvem esclerose múltipla do que homens pode ter a ver com hormônios reprodutivos. Antes da puberdade, meninos e meninas tendem a ter EM aproximadamente na mesma proporção. Mas, à medida que meninos e meninas entram na adolescência e na idade adulta, quando os corpos masculino e feminino produzem hormônios diferentes, as mulheres começam a ter EM em taxas mais altas do que os homens. Por fim, tal diferença leva os pesquisadores a considerar uma possível ligação entre os hormônios sexuais masculinos e femininos e a esclerose múltipla.

*Foto: Reprodução

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