Desidratação em idosos reflete em reserva de água de o corpo cair pela metade após os 60 anos, o que aumenta drasticamente os riscos
A hidratação é essencial para o bom funcionamento de qualquer organismo. No entanto, em idosos ela é de suma importância, já que, após os 60 anos, a reserva hídrica do corpo cai drasticamente, para pouco mais de 50%. Com isso, os mecanismos de equilíbrio não funcionam perfeitamente, o que torna a desidratação uma causa comum de internação na terceira idade. Para piorar, com o aumento das temperaturas nos últimos tempos, a perda de líquidos através do suor também cresce, o que exige que os cuidados sejam redobrados.
Desidratação em idosos
Pensando nisso, Bruna Rodrigues, gerontóloga da rede Terça da Serra, orienta sobre a importância de criar uma rotina para que não haja desidratação em idodos. Para isso, ative lembretes ao longo do dia. “Estabeleça uma rotina com horários específicos para a ingestão dos líquidos e configure lembretes ou faça um sistema visual para incentivar a beber água. Uma dica é separar a meta diária em metas menores e ir completando aos poucos. Isso ajuda a manter a motivação, além de equilibrar o consumo ao longo do dia”.
Além disso, a profissional também indica o consumo de outros líquidos além da água e a criação de atividades sociais em torno da hidratação. “Torne essa tarefa mais atraente ingerindo uma variedade de bebidas, como chás de ervas, sucos naturais e água de coco. Também organize encontros com os amigos ou a família para tomar um chá ou um suco, isso ajuda a tornar o momento mais divertido. Só tome cuidado com a quantidade de açúcar”, aconselha.
Sintomas de desidratação na terceira idade
Por fim, a gerontóloga destaca a importância de se atentar aos sinais de desidratação para evitar internações e complicações mais graves. “É muito importante estar em alerta com os sintomas, porque os idosos são mais frágeis. Por isso, precisamos ao máximo evitar os efeitos mais graves como uma convulsão e, principalmente, uma internação, que pode expor esse idoso a outros riscos hospitalares.”
Sinais mais comuns
Bruna aponta os sinais mais comuns de desidratação em idosos. Confira:
Boca seca e olhos afundados: A diminuição da produção de saliva pode resultar em boca seca, e os olhos podem parecer afundados devido à falta de líquidos no organismo.
Urina escura e com menor volume: A desidratação pode levar a uma concentração maior da urina, resultando em uma cor mais escura. Além disso, a diminuição do volume de urina pode ser um sinal de que o corpo está conservando líquidos.
Pele seca e elasticidade diminuída: A pele pode ficar seca, menos elástica e mais propensa a rugas quando uma pessoa está desidratada. O teste de “turgor cutâneo” pode ser feito beliscando suavemente a pele e observando quanto tempo leva para retornar à posição normal. A desidratação pode resultar em uma recuperação mais lenta.
Confusão mental e irritabilidade: A desidratação pode afetar a função cognitiva, levando a confusão, dificuldades de concentração e irritabilidade em pessoas idosas.
Tontura e fraqueza: A falta de líquidos pode afetar a pressão sanguínea e a circulação, resultando em tontura e fraqueza.
Batimentos cardíacos acelerados: A desidratação pode levar a um aumento na frequência cardíaca, já que o coração trabalha mais para manter a pressão sanguínea.
*Foto: Reprodução/https://br.freepik.com/fotos-gratis/vista-lateral-de-casal-bebendo-agua-ao-ar-livre_10830382.htm#query=hidrata%C3%A7%C3%A3o%20de%20idosos&position=2&from_view=search&track=ais&uuid=18210843-4f82-40f7-bb52-bbc4450ffd9d