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Órgãos do corpo feminino envelhecem mais que dos homens

por Esteticare 5 de maio de 2023
5 de maio de 2023
Órgãos do corpo feminino envelhecem mais que dos homens

Órgãos do corpo feminino envelhecem a partir dos 19 anos, e do masculino aos 40 anos; entenda o por quê

O envelhecimento é um processo fisiológico natural irreversível cujas causas ainda são um mistério. As alterações que ocorrem em cada órgão de uma pessoa ou em diferentes indivíduos não são as mesmas. É o que prova duas investigações. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), isso afetará 21% da população mundial ainda nos primeiros deste século, que terá mais de 60 anos. Os trabalhos, um dinamarquês e outro espanhol, indicam que os sinais de envelhecimento começam mais cedo nas mulheres. Porém, evoluem mais lentamente do que nos homens, e que nem todos os órgãos de um mesmo indivíduo envelhecem da mesma forma.

Segundo Michel Ben Ezra, autor do estudo dinamarquês e pesquisador da Universidade de Copenhague:

“Pouco se sabe sobre as mudanças específicas que ocorrem com o envelhecimento em humanos.”

Além disso, Pablo Burraco, cientista da Estação Biológica de Doñana do Conselho Superior de Pesquisas Científicas, na Espanha (EBD-CSIC), e autor do estudo espanhol, compartilha da mesma opinião.

“Se alguém pensa que entende o envelhecimento, é porque não sabe.”

Ambos tentam desvendar os mecanismos desse processo.

Órgãos do corpo feminino envelhecem

Agora, uma pesquisa do Centro de Envelhecimento Saudável da Universidade de Copenhague, publicada na plataforma de pré-prints BioRxiv e ainda não revisada por pares, sugere que as mulheres apresentam os órgãos do corpo feminino envelhecem a partir dos 19 anos. No entanto, o processo é mais gradual. Porém, nos homens, as mudanças no corpo aparecem mais tarde, por volta dos 40 anos. Contudo, a diferença é que as alterações aceleram após essa idade.

Resultados

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram marcadores de senescência celular em 33 milhões de laudos de biópsia de 4,9 milhões de pessoas de todas as idades entre 1970 e 2018. Todavia, apesar da grande amostra, essa é uma das limitações do estudo: todos são indivíduos que realizaram exame para alguma patologia. É o que explicou Morten Scheibye-Knudsen, da Universidade de Copenhague e coautor do estudo, à revista New Scientist.

“As biópsias só foram feitas quando os participantes procuraram atendimento médico. Portanto, o envelhecimento masculino pode parecer começar mais tarde porque os homens tendem a procurar ajuda médica quando seus sintomas são mais avançados, ao contrário das mulheres.”

Maior diferencial

Já para Manuel Tena-Sempere, professor de Fisiologia da Universidade de Córdoba, na Espanha:

“Provavelmente o fator mais diferencial é a menopausa porque no caso da mulher há uma interrupção drástica da secreção dos hormônios ovarianos e isso tem uma repercussão importante no curto, médio e longo prazo que podem condicionar o envelhecimento feminino. No caso dos homens, se houver uma diminuição nos níveis de andrógenos, ela é gradual e seu impacto e consequências são muito diferentes.”

Estudo dinamarquês

O estudo dinamarquês indica ainda que nem todos os tecidos envelhecem da mesma forma, aspecto confirmado pelo estudo espanhol publicado na revista científica Proceedings of the Royal Society B. Esta investigação centrou-se nos telómeros (extremidades dos cromossomos) cujo encurtamento é um marcador do envelhecimento biológico, revela Burraco.

“Os telômeros não são codificadores, mas são muito importantes quando as células se dividem. Encurtam-se ao longo da vida, mas também em resposta ao estresse, pelo que não são marcadores da idade cronológica, mas da biológica.”

Estudo espanhol

O estudo espanhol foi realizado em cinco tecidos diferentes de uma espécie de rã (Xenopus laevis) porque sua metamorfose, desde o embrião até as fases larval e adulta, permite observar mudanças muito rápidas.

“Podemos ver como essas mudanças de desenvolvimento afetam diferentes órgãos, como os animais que crescem mais rápido têm telômeros mais curtos.”

Contudo, o encurtamento dos telômeros ocorre durante a divisão celular. E toda vez que se dividem, não coseguem replicar as sequências originais e são encurtados, diz Burraco.

É um processo semelhante ao de uma cópia de uma cópia de um original. No caminho para a reprodução, os dados são perdidos:

“A proteína responsável pela replicação dos telômeros, a telomerase, não é capaz de completar o processo todo.”

O outro fator é o estresse sobre o órgão durante o seu desenvolvimento. Por exemplo, explica o cientista, “os radicais livres que são oxidantes atingem o DNA e o quebram”.

Intervenção

A identificação desses processos abre caminho para neles intervir. Há possibilidade de ação direta nos telômeros, graças às técnicas de edição de genes. No entanto, o pesquisador é cauteloso:

“Acho que seria possível, mas o problema é encontrar o equilíbrio porque (usar a edição de genes) poderia prolongar a vida, mas também causar muitos problemas. Você tem que entender até onde pode ir, produzir uma reprodução descontrolada de células pode acabar gerando câncer, por exemplo.”

Porém, é com essa linha que ele quer seguir a pesquisa, e analisar como o aumento da atividade da telomerase ou a redução do estresse oxidativo que afeta a dinâmica do envelhecimento.

*Foto: Reprodução/Unsplash (John Arano)

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